Pois bem. Já não é manhã mas vamos encontrar-nos num cais qualquer, para ser planeada a nossa viagem.
Tu nasceste?... Que importa onde nasceste?!...
Talvez entre a paisagem majestosa e divinal do Douro; talvez na imensidão da planície ribatejana, ou sob o sol escaldante das bandas do Algarve!...
Deves ser meu irmão, porque falas a mesma língua que eu, vives à sombra da mesma Bandeira, nasceste, neste Portugal imenso, berço de heróis e de navegadores!
Já somos amigos...Vamos partir ambos, em busca de terras estranhas, distantes, perdidas, lá longe, para além da linha distante em que mar e céu juntam, num só, os seus azuis!
Lentamente, o barco em que deveríamos partir vai-se afastando do cais.....É triste, eu sei que é muito triste o momento da partida; há quem diga adeus por semanas, por meses, por um, dois anos; mas há quem se despeça para sempre, olhos que ficarão o resto da vida à procura de outros olhos que ficaram no cais, perdidos no meio da multidão.
Continuamos ainda sem destino certo....... ficará para outro dia.